sábado, abril 07, 2007


Abrem-se os céus, os novos e os antigos, os intemporais …

Dois mundos tocam-se, sem esforço nem barulho,

Param os Anjos, para correrem as suas lágrimas, sem pressa

Não cantam porque o silêncio não poderia ser quebrado …

Será ele quem mais vezes fará unir olhos e parar o desejo?

Quem acabará as frases, quem gravará os beijos, os sorrisos?

Dois mundos encostam-se, cheios de medo por medo não sentirem

Misturam-se sem se fundirem, permanecendo unos a si mesmos

Mas criando um novo – serás porventura o Anjo que sempre senti?

E vai-se calando o silêncio. Podeis respirar agora, Deus pasmado

Que neste mundo nada plantarás, crescerá o que para tal tiver!

Nem mesmo a vida aqui entrará, pois não haverá espaço para outras …

E vão-se indo os Anjos, cumprida a missão, fazer-se-ão homens,

E criaram seus mundos e procuram outros para amar … …

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