Abrem-se os céus, os novos e os antigos, os intemporais …
Dois mundos tocam-se, sem esforço nem barulho,
Param os Anjos, para correrem as suas lágrimas, sem pressa
Não cantam porque o silêncio não poderia ser quebrado …
Será ele quem mais vezes fará unir olhos e parar o desejo?
Quem acabará as frases, quem gravará os beijos, os sorrisos?
Dois mundos encostam-se, cheios de medo por medo não sentirem
Misturam-se sem se fundirem, permanecendo unos a si mesmos
Mas criando um novo – serás porventura o Anjo que sempre senti?
E vai-se calando o silêncio. Podeis respirar agora, Deus pasmado
Que neste mundo nada plantarás, crescerá o que para tal tiver!
Nem mesmo a vida aqui entrará, pois não haverá espaço para outras …
E vão-se indo os Anjos, cumprida a missão, fazer-se-ão homens,
E criaram seus mundos e procuram outros para amar … …
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